Idanha preocupada com encerramento de serviços públicos
A Comissão de Utentes de
Idanha-a-Nova tomou a iniciativa de recolher um abaixo-assinado em
todo o concelho, reunindo 2272 assinaturas de cidadãos que
contestam, desta forma, o possível encerramento do Serviço de
Finanças. Os subscritores consideram que, a acontecer, a medida
trará um forte prejuízo às condições de vida da população,
prejudicando o desenvolvimento do território e com forte impacto na
sua desertificação.
Esta preocupação foi expressa pela porta-voz da
Comissão de Utentes, Graça Gomes Pissara, intervindo em sessão
extraordinária da Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova, ocorrida
no passado dia 11 de novembro.
Também na mesma sessão daquele
órgão municipal, o cidadão Paulo Lopes, de Salvaterra do Extremo,
insurgiu-se contra o encerramento do Serviço de Atendimento
Permanente (SAP) do Centro de Saúde Idanha-a-Nova. Alertando para
as graves consequências sociais do encerramento daquele serviço,
Paulo Lopes apontou factos como, por exemplo, um habitante das
Termas de Monfortinho ter de percorrer 75km até ao Hospital Amato
Lusitano, ainda que necessitado de cuidados de saúde urgentes.
Com uma ordem de trabalhos
constituída sobretudo por atos de eleição e de designação de
membros da Assembleia para órgãos distritais e municipais, esta
sessão foi dominada pela eminência de decisões das instâncias do
poder central poderem vir a encerrar serviços públicos no concelho
de Idanha-a-Nova.
Sobre esta matéria, o presidente da
Câmara Municipal, Armindo Jacinto, reiterou a sua preocupação, já
manifestada em reunião da Câmara do passado dia 8 de novembro. O
autarca alertou para os efeitos do encerramento de serviços
públicos na competitividade do município, dificultando a fixação de
populações e a captação de investimento.
Armindo Jacinto adiantou que a
autarquia está disponível para assegurar a cedência gratuita das
instalações em que atualmente funciona o Serviço de Finanças, no
edifício dos Paços do Concelho.
O autarca interveio ainda para dar
conhecimento dos contactos havidos com o responsável pela Unidade
Local de Saúde de Castelo Branco e para sublinhar que, quer a nível
municipal, quer no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Beira
Baixa, quer ainda em articulação com a sociedade civil, terão de
ser contrariadas as medidas de centralização dos serviços públicos
impostas pelo Governo. Neste esforço é determinante a união de
todos para manter e preservar os serviços existentes, nos domínios
da Saúde, da Educação, Finanças e outros.