Bastante antiga, esta freguesia, localiza-se na
Raia estando geograficamente separada de Espanha apenas pelo Rio
Erges que ali nasce indo, posteriormente, contribuir para o aumento
do caudal do rio Tejo, como seu afluente.
Fazem parte da freguesia os lugares
de Torre e Termas de Monfortinho.
Antes das guerras da
Restauração, Monfortinho teve uma certa
importância social, mas foi praticamente destruída pelos espanhóis
depois de 1640.
Meia escondida na encosta da
Serra, Monfortinho, é
conhecido pela organização do tradicional Bodo. Um festejo
popular ancestral efetuado como forma de agradecimento à Nossa
Senhora da Consolação ao livrar os campos e searas, em 1870,
da enorme praga de gafanhotos. Desta forma, tanto a procissão como
o bodo, deviam realizar-se na Segunda-feira depois do domingo de
Páscoa e ser efetuado com as dádivas dos lavradores e pastores de
toda a freguesia (incluindo os lugares da Torre e
do Carriçal). Assim aconteceu até 1905, ano em que Salvaterra do
Extremo atendendo às reclamações dos mais idosos devido à
longa distância que os separava de Monfortinho, decidiram
reconstruir, sobre as ruínas da Capela do Senhor da
Pedra outra capela dedicada ao culto da Senhora da
Consolação e igual organização do bodo.
Monfortinho, mantêm as suas
festividades do bodo mas, desta feita, com alteração da data, sendo
atualmente no 11º e 12º dias a seguir à Páscoa. Escolhidos pela
comissão cessante ou voluntários, três bodeiros (um Presidente,
Tesoureiro e Secretário) são responsáveis por dar de comer a toda a
população, local e vizinha (incluindo Espanhóis), numa manifestação
de abundância e reconhecimento. Porém, o grande Pólo de atracão
turística a nível nacional (e internacional) da freguesia de
Monfortinho, reside nas Termas de Monfortinho com águas a brotarem
de fontes cuja origem se situa na Serra de Penha Garcia. (ver
Termas de Monfortinho).