Festival da melancia do Ladoeiro vende 40 toneladas em dois dias
O IX Festival da Melancia do Ladoeiro, no concelho
de Idanha-a-Nova, registou o maior número de vendas de sempre com
cerca de 40 toneladas, 30 delas de melancia com semente, além de
duas toneladas de meloa. Este valor foi distribuído pelos 34
produtores presentes no festival, 24 dos quais pertencentes às
"Hortas de Idanha", uma sociedade de produtores organizada com
entreposto de comercialização no Ladoeiro.
Com cerca de 100 expositores, entre
produtos agrícolas, artesanato, queijo, enchido, pão e bolos,
compotas, licores, bem como tasquinhas e restaurantes, o certame
inaugurado no passado dia 20 de Julho, pelas 17h00, pelo presidente
da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, foi também o
mais movimentado de sempre, com cerca de 20 mil visitantes em dois
dias de actividades.
No acto inaugural, o autarca fez
questão de salientar o facto de estarmos na presença do melhor
festival já conseguido até ao momento, bem como do maior número de
visitantes.
Armindo Jacinto referiu que este
nível de afluência foi muito importante para o sucesso na venda de
produtos regionais e de artesanato e, por conseguinte, na criação
de riqueza e emprego.
O autarca lembrou ainda que este
tipo de iniciativas, que se prolongam pelos festivais temáticos, ao
longo do ano, têm trazido ao concelho de Idanha-a-Nova milhares de
visitantes, promovendo assim a comercialização de produtos, bem
como a ocupação de inúmeros quartos na hotelaria, aumento das
vendas na restauração e uma forte animação e dinamização do
concelho.
Também neste festival foram
lançados dois novos produtos, nomeadamente o sumo de melancia, que
através da estratégia "terra de idanha" vai vender em todo o país
sumo natural de melancia do Ladoeiro, conjuntamente com os queijos,
azeites, enchidos, ervas aromáticas, vinho, entre outros.
Além disso, o presidente da
edilidade salientou também o facto de, desta forma, "conseguirmos
encontrar circuitos de comercialização para os produtos de
Idanha-a-Nova, actualmente distribuídos em mais de 200 lojas de
Lisboa e Algarve".
Importa referir que o festival,
repleto de atractividade, além da comercialização da tão almejada
melancia do Lodoeiro, e de diversos produtos regionais, contou com
animação infantil, palhaços, pinturas faciais, jogos e exposição de
maquinaria agrícola.
Em termos de ritmo musical, além
das danças de salão latinas, houve lugar para a participação de
alguns grupos da região, bem como fados na noite de sábado, e a
presença do conhecido artista da concertina, Augusto Canário, que
subiu ao palco do serão de domingo.
Fizeram também parte do programa dois concursos de
melancia. Um para premiar a mais pesada, que coube a Saly Gomes, a
quem foram atribuídos 70 euros, e o segundo relativo a esculturas
em melancias. Neste, o primeiro classificado, com um prémio de
250,00 €, foi atribuído a Nelson Brito (Fundão), o segundo a Dora
Martins (Castelo Branco) que ganhou 150,00€ e o terceiro prémio
coube a Rui Sequeira (Lousa - Castelo Branco) que ganhou
80,00€.
No âmbito do Festival da Melancia,
teve lugar logo na sexta-feira, dia 19 de Julho, na Escola Superior
de Gestão de Idanha-a-Nova, um seminário sobre os modelos de
desenvolvimento rural e o próximo quadro comunitário.