Produtores locais criam Pastel de Nata de Figo da Índia sem Ovos
O Pastel de Nata de Figo da Índia sem
Ovos acaba de nascer no concelho de Idanha-a-Nova. A iguaria foi
criada por um casal de produtores de Penha Garcia e é uma proposta
gastronómica inovadora.
A marca e a receita já estão
registadas. Este é um dos produtos que desenvolvidos por Vítor
André, 36 anos, e Adelina Mendes, 33 anos, desde que há cerca de um
ano investiram na produção de figueira-da-índia em Penha
Garcia.
Apresentado publicamente em
dezembro, o Pastel de Nata de Figo da Índia sem Ovos tem
conquistado o paladar de muitos curiosos. No fim de semana é uma
das estrelas do Mercadinho de Natal, que decorre no Mercado
Municipal de Idanha-a-Nova até ao final do ano.
O interesse de Vítor André e
Adelina Mendes na cultura da figueira-da-índia foi aguçado no verão
de 2012, quando observaram a proliferação e viscosidade do cato nos
solos de Penha Garcia. Nesta freguesia crescem selvagens há
séculos, sem grandes necessidades nutritivas. Após pesquisa da
viabilidade da produção, o casal optou por enraizar o projeto numa
área de 1 hectare.
Traçados os objetivos, colocaram
mãos-à-obra: "No primeiro ano propusemo-nos a adquirir o terreno e
implantar a cultura, sem recorrer a fundos públicos. No segundo
ano, começámos a desenvolver produtos e a procurar mercados para os
escoar", explica Adelina Mendes.
O Pastel de Nata de Figo da Índia
sem Ovos é o primeiro produto com marca registada. O passo seguinte
é encontrar empresas interessadas em comercializar a iguaria.
Entretanto, o casal de produtores
está a ultimar o registo de outros produtos à base de derivados da
figueira-da-índia. Em estudo está ainda a aplicação da planta na
cosmética, através de uma parceria com a Aromas do Valado, empresa
dedicada à produção de óleos essenciais e produtos de higiene
pessoal, também localizada no concelho de Idanha-a-Nova.
Refira-se que a figueira-da-índia é
uma planta que tem um potencial de aproveitamento quase integral.
As suas propriedades possibilitam a aplicação nas áreas alimentar,
farmacêutica, cosmética, ração para animais, lanifícios,
combustíveis e mobiliário.
Enquadrados num desígnio nacional,
os produtores preparam-se para avançar com a certificação biológica
da sua exploração, numa altura em que os mercados europeus estão
mais despertos para as potencialidades da figueira-da-índia.