Idanha-a-Nova debate património e tradições
O tema do património e das
tradições esteve em debate no Centro Cultural Raiano, em
Idanha-a-Nova, na passada sexta-feira, no fórum "Encontros com a
Beira", uma iniciativa do Jornal do Fundão, com o apoio da
Celtejo.
O diretor do Jornal do
Fundão, Nuno Francisco, moderou uma mesa onde estiveram presentes o
presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, a
investigadora Maria Antonieta Garcia e o historiador António
Catana.
O envolvimento das populações
locais nas estratégias de preservação e valorização do património
foi uma das ideias partilhadas por Armindo Jacinto. O autarca
afirmou que "se as pessoas entenderem que o património e as
heranças culturais são mais-valias para o desenvolvimento do
território, serão elas as suas mais acérrimas defensoras".
Lembrando que o mundo rural é o
espaço ideal para trabalhar estas temáticas, Armindo Jacinto
defendeu o investimento no património natural e histórico-cultural,
sobretudo através de projetos de qualidade que liguem a tradição à
inovação, criando riqueza e, consequentemente, emprego.
António Catana começou por observar
que Portugal "é um dos países europeus em que a cultura tradicional
se mantém mais viva", de que é exemplo maior Idanha e a preservação
dos seus traços identitários.
Autor de um vasto trabalho de
investigação sobre o património cultural deste concelho, António
Catana apresentou algumas das manifestações de religiosidade
popular preservadas fervorosamente pelas populações, que hoje
atraem investigadores, turistas e devotos.
Maria Antonieta Garcia, por seu
lado, referiu que territórios como Idanha-a-Nova "estiveram
perdidos no mapa mas o país começa a perceber que, afinal, são
lugares carregados de magia, onde homens e mulheres mantiveram
vivos a cultura e o património português".