Lançado estudo para saber quanto vale o Mundo Rural
Acaba de ser lançada em Idanha-a-Nova
a pretensão de elaborar um estudo "Mundo Rural porque sim", que
visa a realização do diagnóstico das potencialidades do meio rural
português para, na fase seguinte, permitir a definição de um plano
de ação para aquele território.
O projeto foi anunciado pelo
presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto,
durante a 2ª Feira de Caça & Gastronomia, que decorreu no
passado fim de semana em Termas de Monfortinho.
"É um estudo de âmbito nacional
realizado a partir de Idanha-a-Nova, que vai demonstrar que o mundo
rural é um espaço de oportunidade, de desenvolvimento, de criação
de riqueza e emprego, que vai ao encontro das necessidades do
país", explicou o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova.
O objetivo é que os frutos do
estudo contribuam para "um novo olhar sobre o mundo rural em
Portugal, que seja positivo otimista", consubstanciando-se num
"plano de ação muito concreto", continuou Armindo Jacinto.
O estudo vai ser coordenado pelo
economista, professor catedrático e consultor Augusto Mateus. Na
primeira fase, que deverá estar concluída até final de setembro, o
especialista propõe-se a realizar um diagnóstico que "dê ao país, e
simultaneamente os protagonistas do mundo rural, uma ideia clara do
seu valor e daquilo que representam para o presente e futuro de
toda a população".
A partir do diagnóstico será
elaborado um plano de ação que vai servir de guia ao planeamento
estratégico e intervenção no território rural, em particular no
horizonte dos fundos estruturais da União Europeia para o período
2014-2020.
No lançamento do estudo, Augusto
Mateus defendeu que "o país só pode voltar a crescer com
sustentabilidade e só pode melhorar drasticamente as oportunidades
que oferece à população se conseguir ter uma posição mais dinâmica
e identitária nos mercados internacionais e se valorizar os seus
recursos endógenos".
O projeto, de âmbito nacional, é
promovido pela Câmara de Idanha-a-Nova e envolve vários outros
municípios, bem como a Federação Portuguesa de Turismo Rural e
outras entidades, numa abordagem que pretende congregar diversos
contributos técnicos e científicos.
São 163 municípios portugueses,
distribuídos pelo continente e ilhas, com características de
ruralidade, vistos pelo projeto como espaços de oportunidade de
desenvolvimento sustentável.