XIII Festival de Folclore com antigos membros do Rancho Etnográfico
O
magnífico auditório exterior do Centro Cultural Raiano quase encheu
no passado sábado para assistir ao XIII Festival de Folclore de
Idanha-a-Nova, numa noite marcada pelo regresso aos palcos dos
antigos tocadores e dançarinos do Rancho Etnográfico de
Idanha-a-Nova, inativo há cerca de 20 anos.
A apresentação do rancho da casa
foi recebida com muito entusiasmo pelo público presente, que vibrou
com os cantares e dançares dos antigos elementos, trajados a rigor
com a indumentária típica da vila raiana.
O festival foi organizado pelo
Grupo de Adufeiras do Rancho Etnográfico de Idanha-a-Nova, que
acompanhou em palco os regressados tocadores e dançarinos do
rancho.
A presidente do grupo, Manuela
Catana, referiu que o evento visou "sensibilizar e incentivar os
jovens e a população em geral a defender, preservar e valorizar o
folclore da vila de Idanha-a-Nova".
A riqueza dos bens etnofolclóricos
do concelho de Idanha-a-Nova ficou expressa no característico traje
de cores garridas da mulher raiana, na genuinidade dos cantares e
na variedade da coreografia das danças.
Participaram ainda três outros
grupos de diferentes regiões do país. O Rancho Folclórico de São
Salvador de Grijó (Douro Litoral), o Rancho Folclórico de Passos de
Silgueiros (Beira Alta) e o Rancho Folclórico da Boidobra (Beira
Baixa) também se apresentaram em excelente nível.
Foram entregues lembranças a todos
os grupos participantes, aos parceiros da organização do festival -
Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e União de Freguesias de
Idanha-a-Nova e Alcafozes -, ao historiador António Catana e a
todos os antigos elementos do Rancho Etnográfico de
Idanha-a-Nova.
O presidente da Câmara Municipal,
Armindo Jacinto, enalteceu a grande riqueza etnográfica e
etnológica do concelho de Idanha-a-Nova. O autarca afirmou que essa
mesma riqueza dá suporte à candidatura que o município vai
apresentar à Rede de Cidades Criativas da Unesco, na vertente da
Música. Até final de março do próximo ano deverá ser submetida a
candidatura, que terá o adufe como símbolo.