Empresa vai produzir sementes em Idanha-a-Nova
A Incubadora de Empresas de Base
Rural (IBR), em Idanha-a-Nova, conta desde esta semana com três
novos promotores de projetos na área dos mirtilos, do olival e das
sementes - todos em modo de produção biológico.
Na cerimónia de assinatura dos contratos, o
presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto,
destacou o facto destes projetos produzirem com "qualificação,
certificação e em modo biológico", indo ao encontro "daquela que
tem sido a estratégia para o concelho".
A empresa Living Seeds - Sementes
Vivas SA vai desenvolver um projeto que inclui produção,
investigação e multiplicação de sementes, em modo biológico e
biodinâmico, a partir de variedades tradicionais portuguesas.
O projeto perspetiva um
investimento de cerca de 5 milhões de euros, ao longo dos próximos
15 anos, e estima para o mesmo prazo a criação de 30 empregos
qualificados diretos em Idanha-a-Nova, vários postos de trabalho
indiretos e o estabelecimento de uma rede de parcerias com
múltiplos produtores.
A Câmara de Idanha-a-Nova, através
da IBR, contratualizou com a empresa 25 hectares de terra produtiva
na Herdade do Couto da Várzea. Legumes e hortícolas, ervas
aromáticas e medicinais, pseudocereais (como o amaranto,
trigo-sarraceno e quinoa) são algumas das produções em fresco e de
semente previstas, com vista aos mercados de Portugal, Espanha e
outros países do sul da Europa.
A Living Seeds pretende agregar
vários produtores em todo o país e envolve colaboradores alemães,
portugueses, belgas, holandeses e de outras nacionalidades, que
irão trabalhar a partir de Idanha-a-Nova.
A empresa é membro da Associação
Biodinâmica de Portugal, membro da Associação Portuguesa de
Agricultura Biológica e tem o apoio do INIAV, colaborando ainda com
as escolas superiores agrárias de Coimbra, Ponte de Lima e Castelo
Branco.
Ainda na mesma ocasião foram
assinados contratos com dois outros jovens promotores, igualmente
para instalação na Herdade do Couto da Várzea. Carina Veloso irá
produzir mirtilos em modo de produção biológico, numa exploração
com 2,5 hectares, enquanto Rui Tavares irá desenvolver 27 hectares
de olival em modo biológico.