Brasão de Monsanto furtado em 2008 retorna à população
A Procuradora-Geral da República, Joana Marques
Vidal, procedeu na sexta-feira, 19 de maio, à entrega do Brasão de
Armas de Monsanto, após o seu furto ocorrido em 2008 e na sequência
da sua recuperação.
Em 2008, a Pedra de Armas foi
furtada de Monsanto, no concelho de Idanha-a-Nova. Depois de ter
sido localizada em 2014 num museu em Badajoz, Espanha, foi
apreendida e devolvida em 2016 ao Estado português.
"Este é um momento extraordinário
na vida de uma Procuradora-Geral da República. Não é habitual
termos a oportunidade de devolver à população um bem histórico e
cultural que lhe pertence e que é tão significativo", disse Joana
Marques Vidal na cerimónia de entrega do Brasão de Monsanto.
As primeiras palavras de Armindo Jacinto,
presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, foram de
agradecimento a todas as entidades policiais e judiciárias que
efetuaram diligências para encontrar o Brasão.
"Hoje a nossa identidade é em muito
recuperada graças ao vosso empenho. O povo de Monsanto e de
Portugal foi ferido com o furto deste Brasão de Armas, símbolo da
portugalidade da Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, mas hoje a sua
recuperação é sinal de que nunca desistimos", afirmou Armindo
Jacinto.
Após intervenção por parte da
equipa de Conservação e Restauro da Câmara de Idanha-a-Nova, a
Pedra de Armas de Monsanto, anteriormente exibida no nas Portas de
Sto. António, ficará exposta no Posto de Turismo de Monsanto,
integrando um espaço interpretativo sobre a aldeia.
Para o presidente da Freguesia,
Paulo Monteiro, a devolução do Brasão à comunidade, cujo
desaparecimento há nove anos causou profundo descontentamento, é "o
regressar a casa de uma pequena parte de Monsanto".
A cerimónia contou ainda com a
presença do Procurador Distrital de Coimbra, do Procurador da
Comarca de Castelo Branco, da Diretora Regional de Cultura do
Centro, órgãos de polícia criminal, entidades civis e religiosas e
população local.