Valorização do Ciclo Pascal é feita “com as pessoas e para as pessoas”
As relações entre a fé, as manifestações de
religiosidade e o património cultural deram o mote para o IV Curso
Livre sobre Religiosidade Popular, organizado pelo Município de
Idanha-a-Nova, no dia 8 de abril, no Forum Cultural.
A reflexão fez-se sobretudo em
torno do Programa de Salvaguarda e Promoção do Ciclo da Páscoa em
Idanha, a candidatar às melhores práticas da UNESCO, com a
participação especial do fadista Carlos do Carmo, embaixador da
candidatura vitoriosa do Fado a Património Cultural Imaterial da
Humanidade pela UNESCO.
"Entendemos que a melhor forma de
preservar o património, seja material ou imaterial, é abrir a
reflexão sobre ele, avaliar a sua valia e perceber como pode esse
mesmo património contribuir para o desenvolvimento do território",
afirmou Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova.
Durante o evento, o autarca elogiou
o envolvimento das muitas instituições e grupos informais do
concelho, ao longo de todo o Ciclo Pascal, para frisar que "todas
as estratégias de valorização desta riqueza cultural são feitas com
as pessoas e para as pessoas".
O Curso Livre reuniu especialistas
de renome. Além de Carlos do Carmo, foram oradores o musicólogo e
historiador Rui Vieira Nery, o antropólogo Paulo Lima, Donizete
Rodrigues da Universidade da Beira Interior, Sónia Martins da
Câmara de Proença-a-Nova e o investigador idanhense António
Silveira Catana.
Os trabalhos encerraram com a
atuação do Coro de Câmara Lisboa Cantat, que interpretou de forma
brilhante as Encomendações das Almas de Fernando Lopes-Graça.