Idanha na dianteira do comboio da inovação ‘verde’
Três dias de conferência
e networking entre startups na área da sustentabilidade, parceiros
e investidores internacionais. Esta foi a receita do evento i-Danha
Food Lab que nos dias 10, 11 e 12 de novembro promoveu uma aventura
pioneira em Idanha-a-Nova.
A jornada teve início na
sexta-feira após o Web Summit, com uma viagem de comboio 'verde'
que trouxe 70 startups europeias desde Lisboa. Estava dado o tiro
de partida para esta iniciativa organizada pelo Município de
Idanha-a-Nova, pelo Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento,
pela Building Global Innovators (BGI), aceleradora do ISCTE-IUL e
MIT Portugal.
O ambiente vivido no comboio foi
descrito na perfeição pela Secretária de Estado da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior. Maria Fernanda Rollo, passageira
nesta viagem, ficou encantada: "Isto é um comboio mágico da
inovação. Estão aqui todos os ingredientes para que a inovação
aconteça!".
A governante aplaudiu o i-Danha
Food Lab, o primeiro acelerador ibérico para a economia verde, por
"combinar afetos e criatividade". E não tem dúvidas quanto ao seu
sucesso: "As oportunidades acontecem quando as pessoas têm
conhecimento e visão, e Idanha será seguramente um marco na aposta
que o nosso país tem de fazer no mundo rural e na agricultura".
Mas o reconhecimento do Governo
Português não ficou por aqui. O Ministro do Ambiente, João Pedro
Matos Fernandes, presidiu ao encerramento do evento anual do
i-Danha Food Lab. Em declarações à comunicação social, o governante
disse que "o papel de Idanha [na promoção do desenvolvimento
sustentável] ultrapassa largamente aquelas que são as
responsabilidades do município. Idanha tem vindo a conduzir um
processo de afirmação do seu território enquanto laboratório vivo
para a descarbonização da sociedade e para tornar a economia
circular".
A chamada economia circular, mais
benéfica para o ambiente e rentável para as empresas, foi
precisamente uma das questões que o presidente da Câmara de
Idanha-a-Nova colocou em cima da mesa. "Queremos que Idanha seja um
espaço de conhecimento mas também de aplicação de políticas de
economia circular e de equilíbrio entre os meios urbano e rural",
explicou Armindo Jacinto.
A este propósito, o autarca
adiantou que Idanha-a-Nova está a preparar a adesão à Rede
Internacional de Bio Regiões, um conceito que visa promover
comunidades mais bio, desde o sector educativo ao empresarial e ao
associativo.
O i-Danha Food Lab representa já um
passo neste sentido, promovido em estreita parceria com a BGI. O
evento foi coordenado pela aceleradora portuguesa, responsável pela
presença em Idanha de 70 startups da Climate-KIC, iniciativa do
Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia.
O diretor executivo da BGI, Gonçalo
Amorim, resume a receita de sucesso do i-Danha Food Lab: "Trouxemos
até Idanha um conjunto de 70 startups de 20 países com soluções
tecnológicas de sustentabilidade, acrescentámos investidores
internacionais e juntámos ainda as seis empresas que já são
aceleradas no i-Danha Food Lab… tudo para promover uma jornada
riquíssima de conhecimento e de networking com vista à criação de
um futuro mais sustentável!".